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Etapa 9 - Entre Tichit e Néma


Depois de uma das etapas mais difíceis de toda a prova e uma noite sem assistência, pilotos e máquinas ficaram entregues à sua... "sorte"! Entre Tichit e Néma, a nona etapa apresentou-se como um dos grandes clássicos do Dakar. Nada mais que 494 km's cronometrados de um deserto que parece não ter fim, em que os pontos de referência são poucos e distantes, causando profundas alterações na classificação geral e em particular dos automóveis.

Vítima de um incêndio no Volkswagen Race Touareg ao km 129 da especial de hoje, o líder da classificação geral nos automóveis, Giniel de Villiers encontra-se a ser rebocado até Néma. Mas os problemas da Volkswagen não se ficaram por aqui. Depois dos problemas acumulados nas últimas etapas, Carlos Sainz ficou apeado, com problemas na electrónica do seu Volkswagen.

Entretanto, o buggy de Jean-Louis Schlesser chegou ao final da etapa com o tempo de 5h32m03s, garantindo a segunda vitoria em etapas para o piloto Francês na corrente edição do Dakar. Com o segundo melhor tempo e a apenas 13 segundos de Schlesser, chegou o primeiro dos Mitsubishi Pajero, com Luc Alphand à frente de Stephane Peterhansel, novo líder da classificação geral nos automóveis, logo seguido da restante armada do construtor Nipónico, com Masuoka à frente de Nani Roma. Com tudo isto, Carlos Sousa foi o melhor dos Volkswagen, conseguindo o sétimo melhor tempo, a mais de 30 minutos, ainda que se tenha atrasado para ajudar Carlos Sainz... não fosse isso e talvez poderia aspirar a uma melhor posição na etapa. Apesar de consciente que o sétimo lugar sabe a pouco, o piloto do Team Lagos considera: "Que tomei a melhor atitude. Para mim é impensável ver um companheiro de equipa parado e não o ajudar. Sobretudo porque depois do que nos aconteceu nas últimas etapas, já não estamos em condições de lutar pelos primeiros lugares", referiu. Na geral, Peterhansel passou para a liderança, com uma vantagem de quase 8 minutos sobre o seu colega de equipa, Luc Alphand e mais de uma hora e 20 minutos de sobre o BMW de Nasser Al Attiyah. O primeiro Volkswagen, Mark Miller aparece na sexta posição da geral, enquanto que Carlos Sousa subiu à sétima posição, a mais de 4 horas de Peterhansel. Já Miguel Barbosa, atrasou-se imenso terminando a etapa na 74ª posição.

Nas motos, o Letão Janis Vinters estreou-se a vencer especiais, garantindo a vitória nesta nona etapa, com o tempo de 06h08m51s, ficando à frente de Cyril Despres e Mark Coma que mantém uma generosa diferença (54 minutos) para Despres, que é segundo da geral. De referir que Isidre Esteve Pujol, afundou-se na classificação depois de apenas ter sido apenas 8º na etapa. Entre os Portugueses, e no que diz respeito ás duas rodas, Helder Rodrigues mantém também um desempenho no mínimo excelente, averbando o 9º melhor tempo da etapa, a pouco mais de 9 minutos do primeiro, subindo 2 lugares na geral, passando a ocupar o sétimo lugar, a quase 3 horas de Mark Coma. Nuno Mateus, com o 38º melhor tempo foi o segundo melhor Português nas duas rodas, enquanto que, Paulo Gonçalves tem vindo a perder posições, não indo além do 55º melhor tempo do dia.

Nos camiões, as três horas de vantagem na geral que Hans Stacey aos comandos do MAN da equipa Exact-MAN para o segundo classificado, permite-lhes adoptar um andamento cauteloso, permitindo que a vitoria na etapa sorrisse ao Ginaf de Wulfert Van Ginkel, que mesmo assim venceu por uma vantagem de pouco mais de 12 minutos, em relação ao MAN de Stacey que foi segundo, mas que lhes permite aumentar ainda mais a vantagem para o segundo da geral, o Kamaz do Russo Mardeev. Quanto a Elisabete Jacinto, a piloto do MAN terminou na 22ª posição entre os camiões tendo, mais uma vez, percorrido a etapa em menos tempo que a grande maioria dos autómoveis, tendo sido inclusivamente o segundo Português a passar no CP1 (km218). Na geral, a piloto Português confirma o top20, mantendo a 19ª posição.

Luis Neves in dakar.iol.pt

Será que o "outro" Carlos também teria parado para ajudar o "nosso" Carlos?
Tenho algumas dúvidas...

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