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Etapa 11 - Entre Néma e Ayoun

Devido a questões políticas, que poderiam colocar em risco a segurança da caravana do Dakar, a 11ª etapa foi antecipadamente alterada e o percurso com muita areia dá lugar a uma ligação de 280 quilómetros, até Ayoun.

Desta forma, as classificações não sofrem alterações, agora que as hierarquias começam a ser definidas, com a aproximação do Lago Rosa.

Nas motos, Mark Coma detém uma vantagem substancial, de mais de 54 minutos, para o segundo classificado, Cyril Despres, que terá que esperar por um momento de infelicidade de Mark Coma para ambicionar seriamente pela liderança, mas tem também de se preocupar com David Casteu, terceiro classificado na geral a pouco mais de 20 minutos de Despres. Depois de ter conquistado ontem a sua segunda vitória em etapas nesta edição, Helder Rodrigues, se mantiver o ritmo, prepara-se para fazer história, ocupando actualmente o sexto lugar da geral, a quase três horas do primeiro mas a menos de 40 minutos do quinto classificado. Um pouco mais para trás, Paulo Gonçalves (32º da geral) ficou arredado do top20 nas motos, resultado dos inúmeros problemas que têm surgido nas ultimas etapas, mas possível de recuperar até ao final, o mesmo se poderá dizer do sobrevivente da Algarve SpeDakar Team, Nuno Mateus, que se encontra na 35ª posição da geral. Carlos Ala, na 85ª posição é o terceiro melhor Português entre as motos e Pedro Bianchi Prata é outro dos sobreviventes, ocupando a 108ª posição.




Das duas para as 4 rodas. Depois dos problemas com De Villiers, Sainz e Carlos Sousa, a Volkswagen ficou definitivamente arredada da vitória e inclusivamente dos lugares cimeiros da classificação geral, restando-lhe a possibilidade de lutar pelas vitorias em etapas até final. Desta forma, a vitória ficará decidida entre os pilotos da Mitsubishi, com Stephane Peterhansel a partir á frente, com uma vantagem de quase 10 minutos para Luc Alphand. Para se intrometer entre a luta pelas primeiras posições surge o buggy de Jean-Louis Schlesser que se encontra na terceira posição da geral a mais de 1 hora e meia de Peterhansel, mas que poderá mostrar toda a sua experiência nas últimas etapas para ganhar tempo aos dois primeiros. Também convêm não esquecer a regularidade do BMW X3 de Nasser Al Attiyah, quarto classificado, a meia hora de Schlesser. Mais para trás, Hiroshi Masuoka com outro dos Mitsubishi oficiais, Mark Miller, o melhor dos Volkswagen, logo seguido de Carlos Sousa (7º), podem ambicionar por uma melhor posição até ao final. Entre os azarados até ao momento, Carlos Sainz encontra-se na 10ª posição, Giniel De Villiers na 12ª e Nani Roma na 13ª. As aspirações Lusas não terminam em Carlos Sousa. A prestação de Miguel Barbosa, tem vindo a ser prejudicada por problemas mecânicos e algum azar à mistura, que não permite que a equipa não esteja mais bem colocada na geral, ocupando o 31º lugar. Por outro lado, Francisco Inocêncio, tem vindo a ter uma prova quase isenta de problemas e erros, permitindo-lhe ocupar a 50ª posição. Apesar da pouca experiência em Africa, Nuno Ferreira com um Bowler tem vindo a evoluir, ocupando a 64ª posição e terceiro entre os Portugueses na categoria. Quem nas últimas duas etapas viu a vida andar para trás, foi Ricardo Leal dos Santos, que tem vindo a perder tempo precioso à custa de problemas mecânicos que têm colocado em risco a sua caminhada em direcção a Dakar, e que explicam a 73ª posição na geral. Mais apagado que o irmão, Nuno Inocêncio (83ª posição), logo seguido de Paulo Marques (85ª posição) e Luís Ferreira (103º) no seu fiável Land Rover Defender. Estreantes nestas coisas, a dupla Mário Ferreira e José C. Sousa, têm surpreendido pela forma como têm encarado e superado todos os obstáculos do Dakar, ocupando a 107ª posição da geral.



Nos pesos pesados, a desistência do favorito Kamaz de Vladimir Tchaguin deixou caminho aberto para o outro principal candidato à vitória nos camiões, Hans Stacey da equipa Exact-MAN. Para ilustrar a supremacia de Hans Stacey até ao momento, a diferença para o segundo classificado, o Kamaz do Russo Mardeev, é de mais de 2 horas e 50 minutos, enquanto que o terceiro classificado (Ginaf de Van Ginkel) está a mais de 4 horas. Para Elisabete Jacinto, este tem sido, até ao momento, o melhor Dakar de sempre, estando inclusivamente muito próxima de atingir o objectivo delineado para esta edição, o Top20, entre a categoria dos camiões. Só mesmo a última etapa, a relegou para fora do top20, no entanto ainda há muito Dakar pela frente e a diferença é recuperável, já na próxima etapa.

texto de Luis Neves
in dakar.iol.pt
fotos retiradas de dakar.com